Se Maradona é Deus, ou Dios, sua manjedoura foi o bairro de La Paternal. Foi lá, com o Argentinos Juniors, que Diego despontou para o futebol, primeiro nos cebollitas — a mítica equipe infantil do bicho, que se manteve invicta durante 136 jogos e ganhou tudo entre 1973 e 1976 —, depois na equipe principal, com 116 gols e cinco artilharias de campeonatos consecutivas até 1980, quando se transferiu para o Boca Juniors.
Mais do que história, Maradona deixou afeição em La Paternal. Que, entre ontem (29) e hoje, aniversário do eterno Pelusa — como então era conhecido —, tornou-se La Tierra de D10S. Como?
Quem nos dá a resposta é a popularíssima Agrupación Semillero del Mundo — um coletivo independente e sem fins lucrativos de sócios do Argentinos Juniors —, que, em parceria com o artista urbano (e como comprova Nápoles, maradoniano) San Spiga, resolveu espalhar pelo bairro cartazes, colagens e intervenções de Don Diego em sua época de bicho.
Além de homenagear Pelusa, o objetivo da Semillero é inserir o Argentinos Juniors — sua história, sua cultura — no cotidiano de La Paternal, para levar mais gente ao estádio Diego Armando Maradona (pois é), e também ao quadro de sócios e, quem sabe, às categorias de base do clube — que é de onde vem o apelido El Semillero del Mundo, ou seja, o “Semeador (Formador) do Mundo”.
Essa, porém, não foi a primeira homenagem do tipo feita pela Semillero a Maradona. Em 2016, nas mesmas datas, e sempre junto a San Spiga, as ruas de La Paternal já estavam sendo tomadas por colagens e intervenções do bichito Pelusa. Terra Santa e popular. Golaço.
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Thiago Zanetin tem 32 anos e é redator publicitário na Concêntrica Comunicação e Conteúdo. Fanático seguidor do Hellas Verona, sonha com o dia em que as verdadeiras cores gialloblù da cidade voltarão a brilhar na Europa.
Imagens: Divulgação.
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