Ao mesmo tempo em que perde os principais clubes do seu portfólio brasileiro (Cruzeiro e Santa Cruz já se foram, e Bahia e, especula-se, Ceará devem seguir o mesmo caminho, restando apenas o Nacional, de São Paulo), a Penalty cresce na Argentina. No último final de semana, com o acesso do Talleres, a marca terá todos os seus quatro clubes patrocinados na elite hermana para o campeonato 2016-17 – Gimnasia y Esgrima, Banfield e Sarmiento de Junín completam o time.
Mais do que isso: agora, a Penalty divide com a Umbro o topo do ranking de fornecimento esportivo no Campeonato Argentino, à frente de gigantes como Nike e adidas, e de outras marcas bem estabelecidas no mercado albiceleste – casos das italianas Kappa e Lotto, e da francesa TBS. É também uma liderança internacional, já que, das 13 empresas da elite, apenas uma (Sport Lyon) é argentina. Confira a relação:
– Penalty (4): Gimnasia y Esgrima, Banfield, Sarmiento de Junín e Talleres;
– Umbro (4): Atlético Tucumán, Estudiantes de La Plata, Vélez Sarsfield e Colón;
– Nike (3): San Lorenzo, Boca Juniors e Rosário Central;
– TBS (3): Unión de Santa Fé, Arsenal e Huracán;
– Kappa (3): Tigre, Aldovisi e Olimpo;
– Lotto (3): Belgrano, Patronato e Quilmes;
– Macron (2): Lanús e Godoy Cruz;
– adidas (2): River Plate e Newell’s Old Boys;
– Sport Lyon (2): Defensa y Justicia e Temperley;
– Reusch (1): Atlético de Rafaela;
– Mitre (1): San Martín de San Juan;
– PUMA (1): Independiente;
– Topper (1): Racing Club.
Surpreendente? Apenas se pensarmos no mau momento da Penalty no Brasil – como já mencionamos mais acima. Marcas brasileiras são bem vistas no mercado argentino. E muito vencedoras também. De 2006-07 para cá, nossas empresas somam oito títulos nacionais (seis para a Topper e dois para a Penalty), além de da Copa Libertadores da América, de 2009 (conquistada pelo Estudiantes de La Plata, com a Topper). Recentemente, outra empresa tupiniquim, a Olympikus, chegou a vestir clubes como o Racing Club, Rosário Central e Lanús. Mais marcas nossas deveriam olhar com carinho – e ambições – para a Argentina.
Thiago Zanetin tem 30 anos e é redator publicitário na Concêntrica Comunicação e Conteúdo. Fanático seguidor do Hellas Verona, sonha com o dia em que as verdadeiras cores gialloblù da cidade voltarão a brilhar na Serie A e na Europa.
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