Qual a melhor forma de se promover um time feminino? Se você pensou naquele velho clichê de “um vestiário cheio de jogadoras só de meiões em poses insinuantes”, o Carpisa Napoli Yamamay (que não é filiado ao Napoli masculino), da Segundona italiana, apresenta uma nova tática. Para o ensaio do seu calendário oficial de 2015, as boleiras foram convidadas não a tirar a roupa, mas, sim, vestir a camisa do combate a uma realidade muito próxima a elas: a causa da violência contra a mulher. Ação que, além de qualquer exposição, gera visibilidade – chame, se quiser, de marketing ideológico. Confira:
Um marido, um namorado ou um companheiro matam mais do que um acidente de trânsito, um tumor, a depressão o qualquer desgraça em que você pensar.
Na Europa, a violência é a primeira causa de morte para mulheres de 14 a 44 anos.
Nos últimos 10 anos, mais de 300 mulheres foram assassinadas por terem deixados seus companheiros. São os chamados “feminicídios possessivos”.
No último ano, uma em cada três mulheres foi assassinada sem armas – ou seja, por espancamento, estrangulamento ou sufocamento.
A violência contra as mulheres quase sempre começa dentro de casa. O autor, em 60% dos casos, é um companheiro; e, em 25%, um ex.
Na Itália, 1.400.000 meninas sofreram um estupro antes dos 16 anos.
Na Europa, uma em cada três mulheres sofreram alguma forma de violência: física, sexual, psicológica, econômica ou persecutória.
Cerca de 90% das mulheres não têm coragem de denunciar seus companheiros violentos.
Em 2013, 179 mulheres foram assassinadas por homens na Itália, uma a cada dois dias. Isso sem contar a violência física e sexual.
A violência mais comum é a psicológica, seguida da física e sexual. Mas é preciso considerar que a violência dificilmente é exercida de uma só maneira.
25 de novembro é o Dia Internacional Contra a Violência à Mulher. A data foi instituída pela ONU em 1999, para marcar o caso de três irmãs peruanas apunhaladas pelo ditador Trujillo, em 1960.
Unidas contra a violência à mulher.
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