Antes de qualquer coisa é preciso deixar claro que não sou jornalista e que, poucas vezes na vida, tive a oportunidade de presenciar coletivas fazendo esse papel. Por isso tomei a liberdade de fazer um relato mais opinativo para vocês. Vamos lá.
Fica fácil entender a importância que a adidas estava dando para essa coletiva quando a gente analisa melhor os nomes que estavam lá sentados à mesa: Rodrigo Messias, Diretor de Marketing Brasil, Fernando Basualdo, Diretor Geral Brasil, Markus Baumann, Vice Presidente de Futebol Mundo, e ninguém menos do que Herbert Hainer, o simpático alemão que é CEO do Grupo. Você já deve ter concluído que a coletiva foi toda em inglês, né?
Direto e reto, o objetivo de negócios da adidas com a Copa do Mundo de 2014 é obter uma receita recorde de 2 bilhões no segmento futebol, ao longo do ano. Dentro desse objetivo a América Latina é a região que mais cresce em termos de vendas (veja foto do quadro), sendo que o Brasil está entre os 10 maiores países em faturamento. Por aí dá para entender o quanto a Copa é importante para o Grupo.
Esse objetivo é sustentado por alguns pilares:
– Alta qualidade dos produtos.
– Ideia de exportar a Copa para o mundo por meio da marca, ou seja, alguém de outro país que compre, por exemplo, uma Cafusa, a bola oficial do evento, de alguma forma estará tendo contato com o espírito da competição.
– Cultura de inovação, refletida no mantra interno “cutting edge football – one step ahead”.
– Patrocínios de propriedades esportivas como o Bayern de Munique e o Lionel Messi, que vendem camisas no mundo todo, tendo Flamengo como uma aquisição recente e importante.
O outro desafio também está relacionado a lidar com uma situação nova. Pela primeira vez a adidas se vê na situação de ser a patrocinadora oficial do evento, mas não da seleção da casa. Um jornalista até questionou sobre o fato do Messi, principal atleta da marca, ser argentino e não brasileiro. A resposta, bastante sensata, é que o Messi estaria acima dessa rivalidade.
Bruno Scartozzoni é diretor de planejamento da Ativa Esporte, professor de storytelling e transmídia da ECA-USP, ESPM e FIA, e colaborador do Update or Die.
9 comments
Eu daria mais valor se a Adidas patrocinasse a Seleção anfitriã da Copa Fifa. Aí seria show.
Quem deras a Adidas patrocinasse o Brasil…
Se um dia a Adidas voltar a patrocinar o Brasil eu volto a vestir a camisa amarela!!
Umas das camisas mais feia do mundo chama-se a amarela do Brasil – nike show de horrorrrrrrrrrrrrr…
Realmente, bonita é a camisa da Espanha: parece um babadouro.
Vou na mesma linha do colega João. Criticar a Nike é válido, mas elogiar a Adidas é um disparate. Olha o que fizeram na camisa do Flamengo! Raramente o Palmeiras tem uma camisa bonita. E a camisa do todo-poderoso (e alemão) Bayern de Munique é simplesmente feia. Acho que a Adidas tem bom material. Mas o mercado esportivo em geral tem sofrido, e muito, no quesito desenho.
Minha opinião é que a adidas tem um melhor desenho de camisas que a da concorrente Nike. Imagino a camisa da seleção comparada a da Colômbia que tem o amarelo predominante e é muito linda.
Não acho a camisa do flamengo, fluminese, palmeiras e principalmente do bayern horríveis, não são, poderiam melhorar, porém a do bayern é linda assim como a do chelsea.
o que acham de se juntarmos aos que estao fazendo esses protestos pelo Brasil e criar um para banir a nike da seleção?
Pelo menos na parte da qualidade, a adidas tá conseguindo realizar no plano, eu também não tenho vontade nenhuma de ter a camisa da seleção da Nike. Todas as marcas erram, só que a Nike anda errando muito ultimamente.